
O uso de ilusões visuais criadas por um espelho, conhecida como Mirror Therapy (terapia do espelho) ou Mirror Visual Feedback (Resposta ao estímulo visual do espelho – REVE), foi introduzido pela primeira vez, pelo neurologista indiano, radicado nos Estados Unidos, Vilayanur Ramachandran para o tratamento da dor do membro fantasma. Com a terapia do espelho, os pacientes concentravam-se no reflexo da sua mão sã e relatavam que poderiam controlar e mover o membro fantasma e, assim, experienciar o alívio da dor.
Ao longo dos últimos anos, a terapia do espelho tem sido referida em diversos estudos. Alguns têm focado a utilização da terapia dos espelhos em pacientes não só, com dor fantasma após amputação, mas também, lesão do plexo braquial e síndrome da dor regional complexa tipo I. Outros estudos têm centrado a utilização desta terapia na reabilitação motora após a ocorrência de AVC e, mais recentemente, na reabilitação pós-cirúrgica da mão.
Na prática…
A técnica envolve uma caixa, divida ao meio por um espelho formando dois compartimentos. O paciente pode ver, apenas, uma das metades da caixa. Este deverá colocar a mão sã dentro de um compartimento da caixa e a mão lesada noutro compartimento. O paciente deve manter-se concentrado na mão não lesada e observar o reflexo dessa mão no espelho. Com o espelho, o paciente além da mão não lesada irá ver reflectida uma outra mão. O Terapeuta Ocupacional pede ao utente que faça movimentos simétricos com as mãos enquanto observa o comportamento da mão reflectida no espelho. Durante os exercícios, o utente é encorajado a pensar que está a movimentar o membro que foi amputado.
Conclusão…
Para a maioria dos pacientes, esta técnica leva, gradativamente, à percepção do movimento do membro fantasma, concomitantemente com a redução da dor deste membro. Este efeito provavelmente está relacionado com o facto de o cérebro acreditar que a mão amputada realmente existe, facilitando o processo de remapeamento do córtex sensório-motor relacionado com o membro amputado. Na reabilitação da pessoa que sofreu um AVC, alguns autores detectaram que a terapia do espelho influenciava a evolução motora, quando comparada com grupos de controlo, provavelmente, devido a propiciar ao indivíduo com o membro afectado um estímulo visual apropriado, substituindo a propriocepção que se encontra, frequentemente diminuída ou mesmo ausente. Os resultados encontrados pelos autores demonstraram que a amplitude, a velocidade e a precisão dos movimentos da extremidade hemiplégica apresentava modificações significativas com a terapia do espelho.
Rita Ferreira, Terapeuta Ocupacional
Ao longo dos últimos anos, a terapia do espelho tem sido referida em diversos estudos. Alguns têm focado a utilização da terapia dos espelhos em pacientes não só, com dor fantasma após amputação, mas também, lesão do plexo braquial e síndrome da dor regional complexa tipo I. Outros estudos têm centrado a utilização desta terapia na reabilitação motora após a ocorrência de AVC e, mais recentemente, na reabilitação pós-cirúrgica da mão.
Na prática…
A técnica envolve uma caixa, divida ao meio por um espelho formando dois compartimentos. O paciente pode ver, apenas, uma das metades da caixa. Este deverá colocar a mão sã dentro de um compartimento da caixa e a mão lesada noutro compartimento. O paciente deve manter-se concentrado na mão não lesada e observar o reflexo dessa mão no espelho. Com o espelho, o paciente além da mão não lesada irá ver reflectida uma outra mão. O Terapeuta Ocupacional pede ao utente que faça movimentos simétricos com as mãos enquanto observa o comportamento da mão reflectida no espelho. Durante os exercícios, o utente é encorajado a pensar que está a movimentar o membro que foi amputado.
Conclusão…
Para a maioria dos pacientes, esta técnica leva, gradativamente, à percepção do movimento do membro fantasma, concomitantemente com a redução da dor deste membro. Este efeito provavelmente está relacionado com o facto de o cérebro acreditar que a mão amputada realmente existe, facilitando o processo de remapeamento do córtex sensório-motor relacionado com o membro amputado. Na reabilitação da pessoa que sofreu um AVC, alguns autores detectaram que a terapia do espelho influenciava a evolução motora, quando comparada com grupos de controlo, provavelmente, devido a propiciar ao indivíduo com o membro afectado um estímulo visual apropriado, substituindo a propriocepção que se encontra, frequentemente diminuída ou mesmo ausente. Os resultados encontrados pelos autores demonstraram que a amplitude, a velocidade e a precisão dos movimentos da extremidade hemiplégica apresentava modificações significativas com a terapia do espelho.
Rita Ferreira, Terapeuta Ocupacional