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A Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção

4/6/2017

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A Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção (PH/DA) amplamente estudada em idade escolar, é uma das formas de psicopatologia mais diagnosticada durante a infância. Estima-se que entre 3 a 7% das crianças em idade escolar preencham os critérios de diagnóstico para a PH/DA e que exista uma prevalência superior no sexo masculino, que pode oscilar entre 2:1 em estudos da comunidade e 9:1 em estudos clínicos. Trata-se uma perturbação do neuro desenvolvimento que resulta de alterações no funcionamento do sistema nervoso. 
A PH/DA é habitualmente diagnosticada na idade escolar porque nessa altura passa a existir uma maior exigência de controlo do comportamento e de persistência nas tarefas. As crianças com PH/DA têm alguns dos sintomas indicados a seguir, muitas vezes referidos como "preguiça", "falta de empenho" , “ falta de educação” ou "imaturidade" da criança podendo haver apenas défice de atenção sem hiperatividade. 

Sinais de alerta mais frequentes: 
• dificuldade para se concentrar num só estímulo; 
• dificuldade em prestar atenção a detalhes 
• frequentemente não acompanha instruções; 
• frequentemente parece não escutar ninguém mesmo quando dirigido a si; 
• frequentes esquecimentos no dia-a-dia; 
• distrair-se facilmente com objetos alheios à tarefa 
• dificuldade para organizar as tarefas ou o trabalho; 
• dificuldade para manter uma estrutura ou uma rotina; 
• mexe mãos e pernas excessivamente em situações inadequadas; 
• não permanecer sentado por muito tempo; 
• frequentemente corre ou sobe em locais inapropriados; 
• impulsividade com frequentes respostas antes de tempo; 
• dificuldade em esperar pela vez; 
• atividades longas e complexas rapidamente tornam-se desmotivantes; 
• frequentemente intromete-se ou interrompe os assuntos dos outros; 
• recusa por tarefas que exigem esforço cognitivo continuado. 

Por ser uma perturbação do desenvolvimento, a PH/DA manifesta-se antes dos 12 anos, podendo já ser evidente na idade pré-escolar. Para além disso, as queixas devem estar presentes em pelo menos dois contextos diferentes (como a escola e em casa) e devem ter consequências significativas no dia a dia da criança, seja do ponto de vista social, seja no desempenho académico. O diagnóstico da PH/DA baseia-se na identificação e caracterização dos sintomas ao longo do tempo e em diferentes situações e ambientes. 
Os critérios para o diagnóstico da PH/DA baseiam-se na presença de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Para o diagnóstico, é necessário que existam pelo menos 6 sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade, com uma duração superior a 6 meses, com as primeiras manifestações antes dos 12 anos de idade, presentes em pelo menos dois contextos ambientais da criança (por exemplo em casa e na escola). Por este motivo, é importante avaliar a história de cada criança de forma cuidada. Outro aspeto muito importante é o impacto que os sintomas têm no dia a dia - para haver diagnóstico é necessário que estes sintomas perturbem de forma significativa o desempenho, tanto a nível académico como social. Estes sintomas não devem poder ser explicados por outras perturbações do neurodesenvolvimento ou perturbações emocionais, que é preciso distinguir. No processo de avaliação, são utilizados questionários que permitem quantificar os comportamentos e compará-los com o que é habitual nas crianças da mesma idade. São usualmente preenchidos por pais e professores, de forma a obter informação de dois contextos. 

A RETER: 
• A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção não é falta de concentração por falta de empenho ou um comportamento indisciplinado resultante da educação dada pelos pais. 
• Educar com alguém com PHDA é um desafio enorme. 
• Pedir a uma pessoa Hiperativa para se concentrar e organizar é semelhante a alguém magoado num pé que se esforce para correr depressa! 
• Se tem suspeitas de que o seu filho possa ter PH/DA não hesite em procurar um profissional com quem possa partilhar as suas duvidas e receios e pedir uma avaliação. 

                                                                                                              Vera Carnapete, Psicóloga

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