
A Comunicação Não-Violenta (CNV) é um processo desenvolvido pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg e colaboradores, que se baseou na observação da linguagem que utilizamos para nos comunicarmos com os outros, e de que forma esta influencia a nossa relação com eles. Podemos comunicar com os outros de forma a criar distanciamento, barreiras ou conflitos ou, contrariamente, comunicar de forma empática, criando proximidade, bases comuns de entendimento, partilha, progresso e harmonia. A CNV é, então, um tipo de comunicação empática, sem julgamentos ou críticas, que coloca a ênfase na capacidade de escutar atentamente o outro e de expressarmos as nossas necessidades e sentimentos. Segundo Rosenberg, todos os comportamentos e ações são baseados em necessidades e valores e a chave para comunicar de forma empática, é reconhecer essas mesmas necessidades e valores em nós e nos outros e expressa-los claramente na nossa comunicação. Sem rótulos, sem juízos de valor, sem desvalorizar o que o outro pensa e sente, sem sentimentos de superioridade/inferioridade. Assim, a CNV assenta na distinção entre:
•Observações e juízos de valor - “Vejo que estás sentado a ver televisão e ainda não fizeste os trabalhos de casa.”, é diferente de “Não posso crer! Já estás outra vez sentado à frente da tv e sem os trabalhos feitos. És sempre a mesma coisa!”.
•Distinção entre sentimentos e opiniões - “Estás com medo do cão?”, é diferente de “É só um cão, não sejas medricas!”.
•Distinção entre pedidos e exigências ou ameaças - “É importante para mim que ajudes a levantar a mesa, pois sinto-me cansada e gostava de poder sentar-me um pouco contigo no sofá.”, é diferente de “Já que não me queres ajudar, então da próxima vez escusas de me vir pedir ajuda!”.
Com a CNV evitamos mal entendidos e posturas defensivas. Sentimo-nos mais conectados com o nosso interior, com o que realmente queremos expressar e também com os outros. A CNV aumenta a nossa capacidade de “calçarmos os sapatos do outro” e de sentir maior compreensão e compaixão. Rosenberg tem levado o seu modelo de Comunicação Não Violenta a países em conflito, promovendo programas de paz em zonas do globo como Ruanda, Burundi, Nigéria, Indonésia, Médio Oriente, Irlanda, entre outros, mostrando que a CNV é uma competência que pode ser aprendida e aperfeiçoada com a prática. Promover um modelo de CNV na nossa vida, nos nossos relacionamentos, nos vários contextos em que nos movemos, é um passo significativo para a construção de um mundo melhor, mais harmonioso e pacífico, não só à escala da humanidade, mas também onde ela começa, no mundo interno de cada um.
Ana Raquel Roseiro, Psicóloga
•Observações e juízos de valor - “Vejo que estás sentado a ver televisão e ainda não fizeste os trabalhos de casa.”, é diferente de “Não posso crer! Já estás outra vez sentado à frente da tv e sem os trabalhos feitos. És sempre a mesma coisa!”.
•Distinção entre sentimentos e opiniões - “Estás com medo do cão?”, é diferente de “É só um cão, não sejas medricas!”.
•Distinção entre pedidos e exigências ou ameaças - “É importante para mim que ajudes a levantar a mesa, pois sinto-me cansada e gostava de poder sentar-me um pouco contigo no sofá.”, é diferente de “Já que não me queres ajudar, então da próxima vez escusas de me vir pedir ajuda!”.
Com a CNV evitamos mal entendidos e posturas defensivas. Sentimo-nos mais conectados com o nosso interior, com o que realmente queremos expressar e também com os outros. A CNV aumenta a nossa capacidade de “calçarmos os sapatos do outro” e de sentir maior compreensão e compaixão. Rosenberg tem levado o seu modelo de Comunicação Não Violenta a países em conflito, promovendo programas de paz em zonas do globo como Ruanda, Burundi, Nigéria, Indonésia, Médio Oriente, Irlanda, entre outros, mostrando que a CNV é uma competência que pode ser aprendida e aperfeiçoada com a prática. Promover um modelo de CNV na nossa vida, nos nossos relacionamentos, nos vários contextos em que nos movemos, é um passo significativo para a construção de um mundo melhor, mais harmonioso e pacífico, não só à escala da humanidade, mas também onde ela começa, no mundo interno de cada um.
Ana Raquel Roseiro, Psicóloga