FISIO ANDRÉ VIEGAS
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Sustentabilidade: é urgente mudar os hábitos alimentares

5/12/2017

2 Comentários

 
Com o aumento da população e a intervenção humana na devastação do meio ambiente está a ser posta em causa a sustentabilidade das gerações futuras.
Segundo a FAO (Food & Agriculture Organization) prevê-se que em 2050 a população terá um acréscimo de 9 mil milhões, sendo necessário produzir mais 60% de alimentos. Por outro lado, aproximadamente 1/3 dos alimentos que são produzidos não são consumidos. Este desperdício alimentar aumenta a emissão de gases de estufa, uma vez que corresponde a um gasto de recursos utilizados, como água e energia.
Atualmente, para serem produzidos os alimentos consumidos diariamente, por uma pessoa, são necessários cerca de 2000 a 5000 L de água.
A produção de alimentos de origem animal despende uma maior quantidade de recursos, como de água e solo, e emite mais gases de efeitos de estufa, em relação aos alimentos de origem vegetal.
Neste sentido e uma vez que os portugueses consomem mais alimentos de origem animal, é necessário repensar a nossa alimentação e torná-la mais sustentável.
Entende-se por alimentação sustentável uma alimentação que satisfaz as necessidades do presente, sem que isso comprometa o que estiver disponível para as gerações futuras. O conceito de sustentabilidade engloba a integridade ambiental, o bem-estar social, a resiliência económica e a sua boa governação.
Os alimentos da época apresentam características nutricionais e organoléticas (odor, cor, sabor) superiores. Contribuem para a promoção da economia local e para a melhoria do ambiente, uma vez que utilizam menos recursos de refrigeração e menos conservantes, e são também mais económicos.
A dieta mediterrânica parece ser uma das hipóteses mais adequadas para alterar hábitos alimentares, de modo a promover uma alimentação mais saudável e sustentável. Esta contribui para um estilo de vida equilibrado que privilegia a diversidade alimentar, incentivando a utilização de alimentos locais e sazonais, a fim de diminuir os custos energéticos, de tempo, embalagem e transporte associados à importação de alimentos.
Este tipo de alimentação apela também à moderação no consumo alimentar, reduzindo assim o desperdício de alimentos. Este padrão alimentar promove ainda o convívio à mesa e a prática regular de atividade física.
A culinária mediterrânica caracteriza-se por confeções simples e com quantidades moderadas de ingredientes, recorrendo a preparações que protegem os nutrientes, como as sopas, os cozidos, os ensopados, as caldeiradas, e reservando-se para dias especiais métodos culinários mais elaborados. Apresenta um elevado consumo de produtos vegetais, nomeadamente hortícolas, fruta, leguminosas secas e frescas, pão de qualidade e cereais pouco refinados, frutos secos e oleaginosos, em detrimento de alimentos de origem animal. Apela ao consumo frequente de pescado e baixo em carnes vermelhas, assim como à utilização de ervas aromáticas em detrimento do sal. O azeite é destacado como principal fonte de gordura.
Assim, uma dieta sustentável é nutricionalmente adequada, culturalmente aceite, acessível, segura e economicamente mais justa.

COMO CONSTRUIR UMA REFEIÇÃO SUSTENTÁVEL?
  • Optar por comprar a produtores locais
  • Preferir alimentos frescos, locais e da época
  • Planificar antecipadamente as refeições diárias
  • Fazer uma lista de compras apenas com os alimentos que serão consumidos
  • Ocupar ¾ do prato com alimentos de origem vegetal
  • Limitar ¼ com alimentos de origem animal
  • Limitar o consumo de carne vermelha (porco, vaca, cabrito) e processada (enchidos, salsichas, hambúrgueres)
  • Aumentar o consumo diário de leguminosas e utilizá-las em algumas refeições em substituição da carne, pescado ou ovos
  • Diminuir a quantidade das porções colocadas no prato
  • Optar por pescado nacional conforme a época
  • Reaproveitar as sobras de outras refeições
  • Reduzir o desperdício na preparação e confeção dos alimentos
  • Preferir embalagens familiares ou produtos avulso
  • Consumir em primeiro lugar os alimentos mais perecíveis
  • Optar por ferver a água num jarro elétrico em vez de aquecê-la numa panela (é mais rápido e menos dispendioso)
  • Reutilizar e reciclar embalagens utilizadas
  • Fazer uma horta familiar ou um canteiro aromático

ALIMENTOS DA ÉPOCA – MÊS DE DEZEMBRO

PRODUTOS HORTÍCOLAS
  • Abóbora
  • Acelga
  • Agrião
  • Alface
  • Batata nova
  • Beldroegas
  • Beterraba
  • Brócolos
  • Cebola
  • Cenoura
  • Chicória
  • Couve Bruxelas
  • Couve lombarda
  • Couve portuguesa
  • Endívias
  • Espinafres
  • Grelos
  • Nabiças
  • Nabo
  • Rabanete
  • Rábano
  • Repolho

FRUTAS E FRUTOS OLEAGINOSOS
  • Amora
  • Ananás dos Açores
  • Banana da Madeira
  • Diospiro
  • Kiwi
  • Laranja
  • Limão
  • Maçã
  • Pera
  • Romã
  • Tangerina
  • Amêndoa
  • Avelã
  • Castanha
  • Nozes
  • Pinhão

PESCADO
  • Bacalhau
  • Besugo
  • Carpa
  • Garoupa
  • Perca
  • Solha
  • Amêijoa
  • Berbigão
  • Camarão
  • Mexilhão
  • Percebe

                                                                                         Catarina Cunha, Nutricionista, CP 2278N
2 Comentários
Lurdes
6/12/2017 20:27:35

Li o vosso texto e sou totalmente a favor. Faço exatamente este tipo de alimentação mas verifiquei que no pescado falta a sardinha e a cabala. Estarei errada??

Responder
FisioAndreViegas
8/12/2017 23:20:56

Devemos sempre tentar respeitar e cumprir a sazonalidade das espécies, evitando consumir durante o período de reprodução e optando pelo seu consumo quando já atingiram a fase de maturidade, o que vai garantir a continuidade da espécie e a riqueza nutricional do pescado. Em relação à sardinha a sua época de consumo insere-se entre maio e outubro. Já a cavala é mais interessante nutricionalmente entre fevereiro e maio.
Obrigada pelo comentário e continue a fazer boas escolhas alimentares.

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