O tempo frio veio para ficar, e o pingo no nariz dos mais pequeninos é uma preocupação para os pais. Nesta época começamos a ouvir falar sobre a famosa bronquiolite e infeções respiratórias.
Antes de mais, a bronquiolite é uma infeção viral com características sazonais. É uma condição contagiosa, por isso as estratégias de higienização das mãos e a etiqueta respiratória ajudam a evitar o contágio.
Pode iniciar como uma comum “constipação” – a habitual obstrução nasal e pingo no nariz – e evoluir para febre, desconforto respiratório, tosse e pieira, entre outros.
De modo geral, podemos encontrar o bebé mais prostrado e apático, com recusa alimentar e alterações no sono. Estas alterações no dinamismo, interferem com a qualidade de vida do bebé e dos pais pelo desconforto que geram.
Mesmo após o período de cura da bronquiolite, o bebé pode manter tosse e secreções durante mais algumas semanas. É uma resposta normal da recuperação do nosso sistema respiratório.
NOTA: é importante ir verificando a temperatura para ver se a febre volta, e também verificar se há um agravamento dos outros sintomas. Devemos ainda vigiar se o bebé consegue ir eliminando as secreções de forma eficaz, de modo a poder ter uma respiração confortável e a prevenir reinfeções.
A Fisioterapia Respiratória Pediátrica pode ser uma mais valia na bronquiolite e infeções respiratórias!
Primeiramente importa perceber que a Fisioterapia Respiratória Pediátrica intervém nos sintomas do seu bebé, de modo a promover a higiene brônquica e a tornar a respiração mais confortável.
Assim, ao proporcionar ao bebé o alívio dos sintomas, ajudamos a criança a dormir melhor, comer melhor e a ter mais disposição para brincar e explorar o mundo à sua volta.
A nossa intervenção viaja do gabinete para a sua casa, através dos ensinos e dicas que damos aos pais para gerir e prevenir os problemas respiratórios. Se tem um bebé ou criança com problemas respiratórios, preste atenção, que estas dicas podem ajudá-lo!
Pode ser instituída como prática diária para lavar e humidificar o nariz. Sobretudo em períodos em que o bebé/criança está a produzir mais secreções, é oportuno repetir o processo 2/3x em cada narina. Clique aqui para ver como fazer!
2. Alimentação
Se o seu bebé está a passar por uma infeção respiratória, é normal que surja alguma recusa alimentar. Caso o bebé ainda se alimente exclusivamente de leite, ofereça mais frequentemente a mama ou biberão. Se o bebé já come sopas e papas, opte por oferecer mais frequentemente as refeições mas em menores porções. Deste modo, consegue garantir que o bebé se alimenta e se mantém hidratado.
3. Etiqueta Respiratória
A covid-19 não é a única doença provocada por um vírus respiratório que viaja pelo ar e por superfícies de contato. Os vírus que dão origem à bronquiolite (por exemplo), também viajam deste modo. Assim, a higienização das mãos e a etiqueta respiratória ajudam a travar a cadeia de infeção. Equacione se é adequado ou não fazer visitas a bebés/crianças e outras famílias. Se tem sintomas respiratórios ou teve contatos de risco, mantenha-se isolado. Lembre-se que recém-nascidos e bebés que pertencem a grupo de risco devem-se manter mais resguardados. Caso a visita seja necessária, lave as mãos antes de pegar no bebé, evite usar perfumes fortes. E, caso não faça parte do agregado ou família “próxima”, evite beijar a face e mãos do bebé.
4. Tabaco e Poluentes
O fumo do tabaco é uma substância que irrita muito facilmente as vias aéreas dos mais pequeninos. Por isso mesmo, devemos evitar a exposição tanto direta como indireta, ou seja, fumar apenas ao ar livre ou em divisões que a criança não vai frequentar e ter em atenção para não pegar o bebé ao colo com o casaco/camisola com que estivemos a fumar. Fumo de lareira, sprays, perfumes e alguns produtos de limpeza, também podem provocar reatividade das vias aéreas.
5. Ar ambiente
Para garantir a qualidade do ar doméstico é útil arejar frequentemente a casa. Os vírus disseminam-se especialmente em ambientes com ar estagnado é por isso essencial a renovação do ar.
6. Pó e ácaros
A lavagem frequentemente têxteis e superfícies que acumulam pó e ácaros (tapetes, mantas, almofadas, cortinas etc) poderá auxiliar no controlo dos sintomas e agravamento. No caso de ter um aspirador convencional, opte por aspirar com as janelas abertas.
7. Temperatura
É também conveniente evitar a exposição do bebé a diferenças bruscas de temperatura.
Tem alguma dúvida sobre este tema? Algum tópico que gostaria de ver esclarecido? Contacte-nos.
Temos profissionais especializados disponíveis para o(a) ajudar.
Até à próxima!
Liliana Almeida Santos, Fisioterapeuta